Sempre ouço falar que já mundo mudou tanto que nem se parece mais o mesmo. Concordo plenamente com essa afirmação, até porque defendo essa ideia em diversos artigos que escrevo. Porém, discordo em um ponto especifico: o mercado de trabalho. Nele deixo uma ressalva, pois os seus modelos que são aplicados para gerir um negócio ainda estão baseados em princípios que não cabem mais nos dias de hoje, fazendo sentido apenas para mentalidade de pessoas que ainda pensam como se estivessem na época Revolução Industrial – quando era necessário haver normas rígidas para controlar cada segundo da jornada do colaborador.
Hoje, para você ainda faz sentido ter que almoçar em horário de pico com o bairro inteiro da sua empresa disputando um lugar para sentar? Ou ainda pior, todos chegando e saindo no mesmo horário todos os dias. Essas questões parecem besteira olhando de longe, mas são os pontos que deixam qualquer colaborador estressado para iniciar ou continuar sua jornada de trabalho. Essa situação enfrentada por milhares de pessoas ao redor do mundo não cabe mais quando a tecnologia está ao nosso alcance para evitar esses problemas de mobilidade.
Vamos imaginar uma pessoa que reside na cidade de São Paulo e enfrenta no mínimo duas horas de trânsito todos os dias para chegar ao trabalho e após mais duas retornar até em casa. Um cenário ainda um pouco pior é quando há uma chuva muito forte e a cidade trava, resultando em ninguém conseguir sair do lugar. O que mais me incomoda é ter que passar por essa situação para executar as mesmas tarefas no mesmo horário não havendo a mínima necessidade.
Acredito que existam profissões que exijam uma determinada rotina pautada em horários fixos. Quando paramos para analisar friamente; um publicitário não tem a necessidade de chegar ao trabalho 8h00 da manhã e disputar espaço para se deslocar na cidade com um contator. Ambos cumprem as mesmas horas trabalhadas, porém suas profissões deveriam permitir algumas regalias de horário, visto que o profissional de comunicação muitas vezes acaba ficando mais tempo além do que seria justo pela sua carga horária (quando me refiro de ficar para mais no trabalho estou acreditando que as companhias sigam as leis e normas permitidas na constituição – cabendo pagar horas adicionais ou retirar uma folga).
Uma recente pesquisa levantou dados que nos fazem acreditar que as empresas ainda pensam como antes. Segundo um estudo do Instituto Parar e MindMiners realizado em todo o território brasileiro, foi identificado que 77% das empresas não oferecem home office. E 49% dos colaboradores preferiam trabalhar mais perto de casa mesmo ganhando 10% menos. Esse é um dos sinais que nos faz enxergar o motivo que as grandes e revolucionárias empresas do âmbito digital conseguem sair na frente das tradicionais. A flexibilidade e autonomia para se trabalhar é uma das questões que mais chamam a atenção dos jovens que se adentram neste novo ambiente de trabalho.
Meus caros, “ANYWHERE OFFICE PRA JÁ!” Até quando as empresas que se comportam como se estivessem no século passado irão sobreviver daqui para frente? Reter bons talentos e se adaptar ao atual, talvez, sejam suas maiores dificuldades. Os devices já fazem parte da nossa vida e não há como negá-los, porque não os transformar em uma forma de fornecer confiança e sendo o ponto de equilíbrio na vida de colaboradores?
Reflita se realmente vale à pena para sua corporação estar entre os 60% das empresas que nunca demonstraram preocupação com o tempo de deslocamento dos colabora
